terça-feira, 30 de abril de 2013

Tipo isso


Assinei o pacote básico e agora me lembro disso todo dia.

Eu não, a Net me lembra. Sento na TV, pego o controle remoto e

vou passando os programas até encontrar uma opção razoável. 

Quando finalmente decido, logo vem a tela preta me dizer que

aquele canal, o único que eu queria assistir, logo esse, eu não tenho. 


Consigo imaginar a defesa publicitária do gênio que inventou 

a artimanha. O cara caminha em torno da mesa de reunião 

e mostra como transformar um problema em oportunidade. 

“Todos os assinantes terão acesso à grade completa de programação. 

Assim, se sentirão naturalmente estimulados a ampliar a assinatura, 

o que se transforma em muito mais lucro para a empresa”. 


Imagino os gráficos coloridos, os aplausos do pessoal do Marketing e 

a vontade que tenho é de arremessar o meu controle remoto 

em direção ao aspirante visionário. Aliás, o meu encontro com 

a tela preta sempre me faz sonhar com um elevadíssimo grau 

de interatividade, pelo qual eu poderia fazer isso 

muito confortavelmente, sentadinha no sofá. 


Aproveitaria a mesma tecnologia para dizer de uma vez por todas 

que não quero conhecer as vantagens do Now e avisar que 

não estou disposta a gastar mais nenhum centavo com uma TV 

tão sem coração a ponto de permitir que todos os filmes comecem 

no mesmo horário ("Atrase 15 minutos e perca todos de uma vez”) 

e admite uma dublagem que deixa boa parte das atrizes

com a voz da Brenda, do Barrados no Baile. 


Só por curiosidade, entro no site e, para minha surpresa,

descubro que meu plano tem 159 canais. Como tudo no Brasil,

claro que existe um jeitinho Net de fazer as contas: 

38 canais de música (aquele azul, que a gente só acessa por engano), 

os canais em HD contam duas vezes e ainda tenho direito 

a outras opções fantásticas como Net Games, Net Cidade, 

Net TV e Central de Vendas Net.


Mais um pouco e o menu passa a valer como canal. 

Se duvidar, será o meu preferido.



quarta-feira, 24 de abril de 2013

Resumi o nosso amor a uma frase


Cortei o nosso primeiro encontro, os filmes que a gente viu,

os apelidos eu tive e as viagens de feriado. 

Cortei as mensagens de texto, os e-mails que eu escrevi, 

os planos que a gente fez e tantas declarações. 

Cortei a poltrona do lado, a cópia da tua chave, 

o rosto que encosta no meu em todas aquelas fotos.

Cortei os cds que a gente ouvia no carro.

Cortei os domingos que passaram depressa.

Cortei os invernos em que esquentei a mão no teu pescoço.

Cortei as vezes que comparei meu pé com o teu.

Cortei os arrependimentos, os motivos, as conclusões e as pausas. 

As vontades que me faziam tua, as gentilezas que me faziam bem.

E foi assim que o tempo picotou a nossa história.

Hoje eu digo apenas “namorei muitos anos”.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Muita atenção com as baratas


Minha autoestima depende tanto dos outros que deveria ter outro nome.

Os elogios que eu recebo, os comentários que eu erro, 

tudo isso me coloca tão pra cima ou tão pra baixo que eu chego

a questionar até que ponto o amor próprio depende de mim. 


Admiro muito as pessoas autênticas, que conseguem pedir um favor 

com tranquilidade e se mantêm à vontade nos territórios inóspitos, 

mas esse nunca foi muito o meu caso. 


Me irrito um pouquinho comigo mesma sempre que passo por 

essas lindas que passeiam no shopping no fim da tarde, 

com cabelos perfeitos e vestidinhos esvoaçantes que, 

mesmo se eu tivesse, jamais usaria num shopping. 

Me irrito um pouquinho mais quando reparo que estou 

com as unhas por fazer e que a it-peça do meu guarda-roupa 

são cinco blusinhas da Zara, que eu comprei em diversas cores 

só porque eram muito práticas. 


Apaixonada, então, o negócio complica. 

Preciso fazer um esforço incrível para continuar confiante 

assim que começo a gostar de alguém. 

Admiro no outro as qualidades que eu não tenho 

e logo passo a agir como se não me sobrasse nenhuma. 

A história é sempre a mesma: começo interessante e 

termino me sentindo um biscoito de polvilho. 


Guardadas as devidas proporções, vejo que desenvolvi 

uma relação semelhante a que tenho com baratas

e outros insetos voadores, que exercem sobre mim um poder absurdo. 

Basta que eu os veja para que eles captem toda a minha atenção 

e eu já não consiga fazer mais nada. Apesar da evidente vantagem, 

me sinto incapaz de qualquer atitude e em vez de enfrentar, 

como seria sensato, sou do tipo que abandona o apartamento 

com a roupa do corpo. 


Não deveria ser tão vulnerável. Preciso perder o medo e reverter 

esse tipo de raciocínio que sempre me deixa pra baixo. 

Preciso me lembrar que eu sou mais forte e preciso fazer isso logo,

antes que as baratas descubram e passem a pisar em mim.


domingo, 14 de abril de 2013

Força do hábito


Não me lembro de dormir uma noite inteira no sofá.

Pelo menos na casa dos meus pais, sempre que cochilava 

e começava a sonhar, meu sono era drasticamente 

interrompido por um ¨vai para a tua cama, filha¨.


Sei que a intenção era boa e que as camas são

mesmo mais espaçosas, mas até hoje não entendo por que

dormir na sala era um grande problema.

Por mais suave que fosse o tom de voz da minha mãe, 

a peregrinação até o quarto era sempre dolorosa, 

e, na minha cabeça, o sono é que deveria ser respeitado, não o sofá.


Imagino que deva haver alguma cláusula secreta

no estatuto da boa mãe, o mesmo que discorre sobre

as também misteriosas razões para secar a louça,

que impeça rigidamente o acúmulo de funções entre os móveis da casa.

Ou talvez seja alguma superstição do tipo

“quem dorme na sala não dá certo na vida”.


De qualquer modo, quero dizer que sou contra e 

gostaria de alertá-los sobre os efeitos colaterais dessa técnica

aparentemente inocente. 


No último final de semana,

ao encontrar a minha mãe cochilando sentada, 

não consegui resistir ao impulso e sussurrei baixinho:

“Mãezinha, vai pra tua cama.”

Só hoje me dei conta do absurdo.

Teria sido muito mais coerente dizer: “Deita, querida.”


quinta-feira, 11 de abril de 2013

A foto do perfil é mais bonita do que eu


O Whatsapp não tem nada de inocente. 

Descobriu que a falta de atenção me vicia com facilidade e 

agora alimenta minha neurose com o last seen. 

Não quero desmerecê-lo: acho fantástico poder falar com meus amigos

e o fato de ser gratuito torna-o especialmente cativante.

Entretanto, percebi que o que me prende ao aplicativo,

o que faz com que eu o acesse muito mais do que seria saudável,

não são mensagens: são as pausas.

O tempo que separa as conversas que eu tive das que eu gostaria de ter.

A mensagem que é recebida e ecoa sem resposta.

O recado que não chega e me faz pensar: onde é que ele anda?

A falsa sensação de controle sobre a vida alheia, 

que permite adivinhar itinerários, e a angústia de estar sendo ignorada,

às vezes sucessivamente.


Mensagens ilimitadas com custo zero. 

O contexto é tão despretensioso que instiga a dizer coisas

que normalmente não seriam escancaradas.

No universo de quatro polegadas, as relações funcionam diferente,

com intenções mais soltas e fáceis de dissimular.

Por mais pensado que seja, qualquer convite ganha um ar natural

e toda coragem pode ser remediada com um simples hahaha.


Antes as coisas eram mais simples. 

Você escrevia, a pessoa respondia ou não. 

Se não respondesse, sempre haveria o consolo de pensar que

a mensagem não tinha chegado, ou que não tinha sido vista. 

Agora a verdade vem bem mais cruel e você pode surtar

utilizando opções variadas, tais como bloquear, desbloquear e,

por que não, enviar as conversas por e-mail.


Já testei todas essas e algumas outras: deletei os contatos da agenda 

e apaguei o aplicativo para nunca mais voltar. 

Hoje não prometo nada.

Já até desisti de desabilitar o last seen. 

Vi que aceito ser vigiada desde que eu também vigie e 

suporto toda a exposição desde que me considerem. 

Percebi as vantagens da superficialidade e 

e coloquei no meu perfil a minha foto mais bonita.


Como disse no começo,

o Whatsapp não tem nada de inocente.

Que bom, porque eu também não tenho.


segunda-feira, 8 de abril de 2013

A cigana estava certa

Tudo começou quando a amiga de infância disse que conhecia uma cigana que não errava nunca. Ficou interessada. Foi por causa da cigana que a amiga conseguiu descobrir que o marido tinha um caso e diagnosticou um câncer muito antes dos sintomas. A cigana era tão infalível que costumava ajudar a polícia a encontrar desaparecidos.

– Lembra daquela menina que o namorado enterrou na mala?

Claro que lembrava. Tinha sido o crime mais falado da cidade. Começou a fazer perguntas e a história ficava cada vez mais intrigante. Pensou na confusão que estava a sua vida e decidiu que precisava de uma consulta. A amiga avisou: “É melhor ir logo. Dizem que ela vai desencarnar esse final de semana.”

A palavra “desencarnar” assustou um pouco. Pelo menos teoricamente não acreditava em espíritos. Se bem que agora qualquer ajuda ia bem. A grande dúvida era se deveria ir morar com o namorado em Rondônia. Para ela, fotógrafa de moda, isso significava suicídio profissional. Seu coração doía só de se imaginar de novo fotografando festinhas de 15 anos. Mas será que suportaria ficar em São Paulo sem ele?

Essa era a sua pergunta. No sábado, acordou bem cedo, colocou o endereço no GPS e só então descobriu que o trajeto era bem complicado. A situação piorou bastante depois que ela subiu um morro e o sinal foi embora de vez. Agora estava totalmente perdida, distante da cidade e num território nada amigável. Por sorte, a cigana tão popular que todo mundo sabia onde ficava a casa.

A consulta era por ordem de chegada e já havia bastante gente. Bem que a amiga avisou que sábado era muito cheio, mas pelo preço ela pensou estivesse exagerando. A sala dava para uma outra salinha, onde a cigana atendia. Enquanto procurava um lugar para sentar, a porta da salinha se abriu e uma moça anunciou bem alto.

– Ela quer falar com a Fernanda.

Fernanda era ela. Entrou e, do outro lado da mesa, encontrou uma velhinha sorridente e tão frágil que mal conseguia acreditar que era assim poderosa.

– Você quer falar comigo?

– Eu não. 
   A cigana.

Nem terminou a frase e o tom já havia mudado. A voz, trêmula e difícil de entender, foi substituída por um jeito de falar bem mais ríspido. Os olhos também ficaram bem mais abertos.

– Se impressionou com a menina da mala, não foi?

Ela respondeu, meio sem jeito:

– É uma história marcante, né?
   Acho que foi isso...

– Você veio porque eu te chamei.
   Faz tempo que eu estava esperando.

Não entendeu muito bem o papo, mas decidiu relevar. Foi perguntando coisas sobre a sua vida e a cigana realmente acertava tudo, com nomes e histórias que ninguém mais poderia saber. Mas, se o passado se encaixava perfeitamente, as previsões sobre o futuro deixavam muito a desejar. A cigana disse que Fernanda não deveria se preocupar com o trabalho, pois ganharia dinheiro com as revelações.

– Como assim “revelações”?
   Vou montar um negócio para revelar fotos? 
   Aqui ou em Rondônia?

As respostas eram vagas. “Onde você estiver”. E o namorado, a gente vai ficar junto? “Você nunca mais vai ficar sozinha“. O que eu vou decidir? “Você vai descobrir antes do que você pensa”. Por mais que mudasse as perguntas, a cigana dava sempre as mesmas respostas e insistia que a questão da mudança era pequena perto da transformação que aconteceria dentro dela mesma.

A consulta não durou mais que 30 minutos. Fernanda saiu irritada. Esse papinho de horóscopo não valia tanto dinheiro. Entrou no carro e viu que o GPS ainda não estava pegando. Virou a primeira à esquerda e, para sua surpresa, conseguiu ir embora bem fácil, como se já conhecesse aquelas ruas.

Chegou no apartamento pensativa. A mudança aconteceria logo, mas quando? Estava tão concentrada nesse pensamento que nem percebeu que, quando o mensageiro do vento começou a tocar, todas as janelas estavam fechadas.

Escutou o interfone. “É o síndico, mas hoje ele não vai reclamar que eu estacionei na vaga errada. A mãe dele morreu e o enterro é às quatro.” Atendeu e era exatamente isso.

Estranhou o pressentimento, mas não quis pensar muito. Foi tomar uma ducha e, antes de entrar no banho, lembrou de deixar a porta do apartamento aberta para o namorado. Ele chega pé ante pé e tenta dar um susto, abrindo o box devagarinho, quase sem fazer barulho:

– Avisa para o seu amante que ele esqueceu a porta aberta.

– Esquecidinho você, hein? Um chaveiro daquele tamanho e você deixa a chave de casa no posto de gasolina.

– Quem disse que eu esqueci no posto?

– Não esqueceu?

– Esqueci, mas eu não te contei isso ainda. Deixei o celular lá também.

– Sério?

Ela sai do chuveiro e começa a se enxugar.
Ele chega mais perto e abraça a namorada.

– Você está bem, amor? Sua voz está diferente...

Nesse momento, Fernanda ergue a cabeça, vê seus olhos no espelho e finalmente se dá conta do que está acontecendo.

As revelações não tinham nada a ver com fotografia.

A cigana agora estava dentro dela.

Nunca mais ficaria sozinha.



quarta-feira, 3 de abril de 2013

A alma do negócio

Chegou na agência e não demorou para perceber

que as coisas tinham mudado. De um dia para o outro,

todas as mesas estavam ocupadas, computadores ligados

e publicitários pró-ativos antes das 11 da manhã.

Estranhou. Já tinha ouvido falar em demissão em massa, 

mas contratação em massa era novidade. 

Encostou no colega de trabalho, com muito mais tempo de casa,

e perguntou sobre os novos funcionários. 


– Não, não… Esses são os figurantes. É que hoje tem uma reunião 

com o cliente e o dono quis impressionar. 


Gostaria de ter inventado essa história. 

Mas em São Paulo o mercado anda tão adiantado 

que inclusive já estão fazendo isso por aqui.


Uma metáfora para a rotina


Era uma vez uma árvore e uma moça que amava aquela árvore.

Tinham se conhecido já fazia algum tempo. 

A moça era a encarregada de limpar o pátio mais importante do castelo,

até que um dia, anos atrás, se deparou com um brotinho crescendo 

entre as lajotas de cristal. 


Não teve coragem de tirá-lo dali. 

O tempo correu, o broto virou uma árvore bonita e passou 

a fazer parte da vida da moça.

Era para lá que ela ia quando ficava triste ou muito feliz. 

Gostava de ver o movimento dos galhos, o colorido das flores 

e de ouvir os passarinhos. 


A árvore também gostava da menina, mas do vento ela gostava mais. 

Toda vez que a brisa passava, ela se arqueava inteira para que 

o vento batesse mais forte. O problema é que, quanto mais a árvore 

balançava, mais folhas caiam no chão. 


A menina amava tanto aquela árvore que no começo 

pensou que ficaria tudo bem. 

Todos os dias, ela acordava bem cedo e  

juntava as folhas, uma a uma, pacientemente. 

Ia dormir com o brilho das lajotas e, ao acordar, 

encontrava as folhas caídas de novo.


Com o passar dos meses, ela foi ficando cansada. 

Não tinha mais tempo para aproveitar a árvore

porque vivia para recolher as folhas. 

Até que um dia, exausta e com toda a dor do mundo, 

pegou um machado e podou até não sobrar nada. 


Hoje, ela já não se incomoda com as folhas, 

mas ainda sente uma saudade horrível do barulho dos passarinhos.


Os problemas foram embora levando tudo o que era mágico.


Noites avulsas não são um fetiche


Queria escrever para a Capricho. Contar para as meninas

mais novas o que borrei muito rímel para aprender. 

Dizer que os meninos nem sempre são tão sinceros, 

que nós temos o péssimo hábito de supervalorizar 

demonstrações de carinho e, clarissimamente falando, 

quando o assunto for sexo, se puder regular, regule. 


O motivo dessa minha advertência diverge um pouco 

das aulas de educação sexual. Sexo engravida. 

Sexo transmite doenças gravíssimas e perebas muito feias. 

Sexo antes da hora pode acabar com a reputação das 

mocinhas de respeito. Até aí, nenhuma novidade. 

O que pouca gente percebe é que dar fideliza. 

E isso eu acho bem sério. 


Mulheres não foram feitas para uma noite e nada mais. 

Esse é só o nosso pretexto para nos colocar em 

alguma situação que o irmão mais velho não aprovaria. 

"Ele quer, eu quero. Qual é o problema?” 

O problema é que provavelmente você vai querer mais.

E muito provavelmente não vai querer com mais ninguém. 

Nunca escutei uma menina falar de uma noite incrível 

sem esperar uma segunda. 

É irritante, mas acho que a gente realmente curte o tal do envolvimento. 


O motivo para tanta expectativa não é dos mais românticos. 

A verdade é que a chance de uma primeira vez ser

inacreditavelmente prazerosa é mínima. 

Acompanhe o raciocínio: se o cara é um desastre, não haverá outra. 

Se o cara é muito bom, a primeira vez fica apenas entre legal e razoável. 

A gente sabe disso perfeitamente e é por isso que esperamos 

mais que uma degustação de supermercado. 


Para aqueles que duvidam dessa minha teoria eu proponho um desafio.

Quando já estiverem deitados, entre beijos e toda aquela confusão, 

fale carinhosamente: essa é a nossa única noite. 

Ela vai ficar chocada, e tansinhas que somos, 

vai acreditar ser um mal entendido: 

– Única noite? Quer dizer.. noite única? Assim…Especial? 

– Não, babe, única mesmo. Só essa. Eu não vou te ligar. 


Você nunca viu uma mulher se arrumar tão rápido. 

Em menos de um minuto, ela já pegou as roupas do chão 

e arranjou um jeito de ir embora. Batendo a porta e acordando

 os vizinhos, como toda brasileira sabe fazer. 


Quando eu visualizo a cena, vejo que está faltando sinceridade. 

Definitivamente, noites avulsas não são um fetiche. 

O que nos interessa mesmo é o pacote. 

Então, em vez de negar a nossa natureza e fingir que 

estamos muito moderninhas, talvez fosse mais inteligente 

criar logo um cartão fidelidade.


Quanto mais você usa, mais benefícios. 

Até que enfim, um legítimo um programa de relacionamento 

para verdadeiros privilegiados.




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Quem achou que eu estou generalizando tem todo o meu apoio. As pessoas são diferentes, sentem diferente, fazem coisas diferentes. Essa é só a minha opinião. Por favor, não me levem muito a sério.

Ontem eu achei um emprego. Hoje eu pedi demissão.

Ontem eu achei um emprego. Hoje eu pedi demissão. Vou explicar o motivo para que vocês se saiam melhor do que eu. Desemprego mata a aut...