domingo, 15 de novembro de 2009

Meu primeiro editorial

Escrevi meu primeiro editorial há 15 dias. Deixo aqui para vocês. O editorial é a parte do jornal que mostra a opinião do jornal. Neste texto, eu comento os pedidos dos moradores para os vereadores numa sessão especial da câmara, realizada na Lagoa da Conceição, onde moro desde que nasci. Para terça, tenho que escrever um editorial sobre segurança... lá vem bomba!

EDITORIAL

A sessão especial da Câmara na comunidade deixou evidente que, sim, a Lagoa quer concreto. Mas não o concreto que destroi as áreas verdes, que espreme as pessoas entre paredes e estradas, não o concreto que demarca os condomínios e divide o meu e o teu espaço. O concreto que a Lagoa precisa é o concreto das calçadas, que devolve a dignidade e o prazer de andar na rua, e o das áreas de lazer, para que as crianças possam se divertir em paz. O concreto que a Lagoa quer é esse que faz o esgoto correr para o lugar certo e salva os peixes da poluição. O pescador pede uma rampa para puxar embarcações; a professora, uma sala de aula.

Tanto quanto ciclovias e quadras de esporte, a Lagoa merece soluções concretas. Obras executadas dentro do prazo e do orçamento previsto, sem nenhum tipo de remendo. É intolerável ter que admitir a falta de planejamento que desrespeita a maioria e privilegia os mesmos. É urgente repensar o crescimento. Isso não significa ser contra o turismo, ou contra o comércio. Justo por depender tanto dessas atividades é que a Lagoa precisa de atenção extra no que se refere à mobilidade, à preservação e à segurança.

Através de seus representantes, várias entidades mostraram-se engajadas em defender a Mata Atlântica, o camarão e a asa Delta como patrimônios inafiançáveis. O que antes era questionado em manifestações isoladas, hoje se encontra num só documento. São 58 reivindicações que aguardam o empenho das autoridades, sem o qual nos restará apenas a traiçoeira desordem do progresso.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sem tempo

Faz muitos dias que não escrevo.

O motivo é o mesmo de sempre, a falta de tempo.

O esquisito é que continuo com tempo para perder tempo.

Para, só por curiosidade, pintar minhas unhas de azul

e descobrir que fica feio, para ler a notícia da moça expulsa

da faculdade por usar vestido curto, para ligar para

 o namorado e comentar que estou sem assunto.

Também entrei no orkut de gente morta,

refleti sobre a eternidade virtual e

procurei uma bichon frisé para cruzar com o meu cachorro.
 
Dizem que tempo é dinheiro, mas isso é desvalorizar o tempo.

Tempo é medida de vida, não tem como recuperar, só vai.

Eu posso gastar e ganhar dinheiro, mas ainda não inventaram

 quem me devolva as horas de hoje...

Ontem eu achei um emprego. Hoje eu pedi demissão.

Ontem eu achei um emprego. Hoje eu pedi demissão. Vou explicar o motivo para que vocês se saiam melhor do que eu. Desemprego mata a aut...