Existe um desconforto de elevador toda
vez que
passo o cartão de crédito.
Insiro o cartão, digito a senha e esperamos processar a compra.
Insiro o cartão, digito a senha e esperamos processar a compra.
Eu e a vendedora, sem assunto ou
intimidade,
focamos então a maquininha.
Por puro constrangimento, cria-se
espécie de
micro torcida pela aprovação, um mini suspense.
São alguns segundos de silêncio e
expectativa.
A tela dá o resultado e a vendedora
sorri, aliviada.
Não sei se pela compra ou simplesmente
porque agora temos um assunto.
Solidária, ela pergunta:
– Vai querer a sua via?
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Hora do almoço. Passo pela vitrine e, de repente, me apaixono.
Coloco um algodão ou corto os meus dedinhos?
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Hora do almoço. Passo pela vitrine e, de repente, me apaixono.
Entro na loja, digo que o meu número é 6,5
e peço para o vendedor buscar o tênis para mim.
Cinco minutos, sete minutos e nada.
Cogito ir embora, mas descarto a ideia por educação.
Oito minutos, nove minutos e eu já sem paciência.
Finalmente, ele volta com duas caixas na mão.
Penso que devem ser cores diferentes e sento para provar.
Ele me entrega as caixas junto com a explicação:
– Não tinha 6,5, então eu trouxe um 7,5 e um 4,5 pra ver como fica.
Muito interessante a estratégia.
Muito interessante a estratégia.
Coloco um algodão ou corto os meus dedinhos?