domingo, 1 de agosto de 2010

As mulheres não se pintam para ficar em casa

Venda-se

Não é isso que todo mundo faz?

Repare no esplendor das festas de casamento,

nos discursos pomposos dos grandes empresários,


nas declarações solidárias dos voluntários de ONG´s.


Estamos sempre querendo vender alguma coisa:


a ideia de que somos mais ricos do que realmente somos,


mais bem sucedidos do que a média do setor,


mais conscientes do que o resto da humanidade.


A maior prova de que nos vendemos é que normalmente


esperamos algo em troca. Dinheiro, fama ou reconhecimento.


Vende-se por dinheiro aquele que escolhe a profissão pelo salário,


aquela que vê no marido o crédito que ele pode oferecer, quem “se


confunde” no troco e acaba embolsando 25 centavos. Vendem-se por


status os que financiam um carro em 43 meses, que pagam numa bolsa


o que não gastam no aluguel, que se humilham por cinco minutos na


televisão. Por reconhecimento, nos vendemos todos.


É dessa necessidade de admiração que surge a competição invisível


de cada um consigo mesmo.


Trabalhamos muito, dormimos pouco, rimos menos na esperança


do dia em que enfim seremos citados como exemplo.


E não há nada de ruim, nem de bom, nisso tudo.


É pelo mercado natural do ego que se inventam vacinas,


que se lança moda e se firmam acordos de paz.


É pelo mercado natural do ego que se usam drogas, que se


atiram bombas, que se mata um menino para roubar o Nike.


É da nossa humanidade comercializar virtudes.


A verdade é que somos mais simpáticos quando interessa,


mais educados quando convém,


e preferimos ignorar que o fazemos por medo de responder:


"O que é pior? Que estamos à venda,


ou que o preço é tão baixo?"



*** Encontrei esta frase escrita em um muro e passei muitos anos com ela reverberando na minha cabeça. Hoje descobri que ela faz parte das indagações do Projeto Inserções em Circuitos Ideológicos, iniciado em 1970 por Cildo Meireles. Quem ficar interessado em saber quais eram as outras 15 questões, é só clicar aqui

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