sábado, 30 de maio de 2009

O nome disto é preconceito

Ontem eu apresentei um trabalho no qual falei sobre o desrespeito e ignorância dos rótulos e das generalizações.
Hoje, soltei um comentário que denuncia a pessoa preconceituosa que sou e me envergonho de ser.
– Essa padaria é bem tradicional. Está tão bonita agora...
– E ela é boa? perguntou minha amiga.
– É. Mas antes parecida de caminhoneiro.
Detalhe: o pai dela e o avô dela são caminhoneiros.
Eu queria ter dito que a padaria era escura, que parecia um bar, tinha balcões antigos, mesas de fórmica bege descascada com cadeiras de madeira e cordas, que espetam a perna.
O que eu acabei dizendo é que caminhoneiros frequentam lugares pouco privilegiados, sujos.
E sabe quantos caminhoneiros eu conheço?
Nenhum.

Desculpa, amiga.

3 comentários:

  1. uia, vivo dando essas bolas fora!! =/

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  2. Hahahhaha, ai Sarah, que engraçado! Vc quis resumir as mesas de fórmica, a palha na cadeira, e ficou perfeito: "de caminhoneiro" a gente já sabe como é! As vezes a nossa capacidade de síntese atrapalha o social! Eu também, sou a raínha da bola fora, a mais comum é falar de gordinhos na frente de gordinhos. Feio pacaray!

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  3. Sarah, sabe o que eu acho? Que muita coisa a gente diz nao porque realmente quer dizer, mas por ouvir outros dizendo [que tambem nao o falam por maldade, mas por costume]. Cresci escutando minha mae - que nao e' nada preconceituosa - me falar aos domingos pra ir dormir mais cedo, "porque amanha e' dia de branco".

    Eu sei que nao e' por maldade, mas por costume. Um costume feio e que talvez deveria ter sido abolido ha' muito tempo.

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