segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Os carecas continuam fora da lei



A repetição dos filmes sobre sustentabilidade me dá ânsia. 

As vilãs do mundo: garrafas de plástico. 

As novas heroínas: ecobags. 

A “tradução” da palavra diversidade:

uma criancinha negra 

de cabelo bem crespo ao lado de uma loirinha de olhos claros. 

E só. Acaba por aí. 

Tirando algumas variações, do tipo o japonês inteligente 

e a asiática empresária, esse é o nosso discurso. 

Elitista, disfarçado. 

Queremos a sustentabilidade dos smartphones (?), 

a diversidade que não atinge nossos preconceitos, 

proteger a natureza desde que

nunca me falte o carro e o secador de cabelo. 

Sustentabilidade deveria ser padrão de comportamento, 

mas virou uma marca, uma palavra da moda 

que serve para mascarar nossos princípios

mais mesquinhos e mais humanos, 

valores que eu reconheço desde bem pequenininha, 

na hora de abrir os presentes: 

eu quero que seja novo, 

eu quero que seja lindo, 

eu quero que seja meu.  

2 comentários:

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