Era uma casa de solteiro, e era como se tudo lá dentro não tivesse par.
Chinelos com dois pés esquerdos,
fronhas florais e lençois de listra,
quadros sem moldura e
uma monalisa fumando sempre o mesmo cigarro.
Era o que poderia se chamar de decoração única,
porque absolutamente nada se encontrava.
Vasos guardavam retrovisores quebrados,
os cachepôs floresciam cinzas e
os tupperwares sem tampa se amontoavam promiscuamente
dentro do armário de portas caídas.
No universo das coisas avulsas, a única que tinha par era eu.
Meu cansaço tinha o teu colo, minhas manhãs, a tua temperatura.
Minha vontade tinha o infinito caramelado dos teus olhos.
Junto contigo, eu era inteira sobre nós.
...Resolvi escrever só o começo. O fim é triste, pode acreditar.
Perfeita...
ResponderExcluirai sarinha... você me emociona!
ResponderExcluirque bom que entrei no papel baunilha, depois de ver uma atualização tua sobre ser tia, depois de muito tempo sem te ver. procurei uma foto pra me atualizar sobre você, pra saber como está o teu rosto e aí eu saberei bastante. mas entrar aqui foi melhor ainda, constatei que a tua sensibilidade tão bonita e real não se acaba.
um beijo no teu coração, te admiro sempre.
Já estive nesse filme um dia...
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